O dobrou em um origami cor de laranja, e assim fez mil. A um pedido concedido ganhou direito, e nem sequer pestanejou antes de pedir que dela ele fosse embora. Ele, por sua vez, já havia tomado para si corações alheios, não seria diferente dessa vez. Foi-se, mas levando consigo o lugar onde morou algum tempo, assim como um caracol que carrega nas costas o seu refúgio. E a história é sobre ela que perdeu o coração. A sorte foi lançada, foram também lançados os viciados dados comprados. O sujeito procurava pela calçada o seu predicado, seguia a via e ultrapassava a seguinte. Seus fones de ouvido transformavam em som as cores da cidade, e as mãos nos bolsos vazios para fazerem, então, par com a cavidade toráxica. O agouro profetiza o que está por vir, a fase de decadencia que anuncia o fim. E vagou sem sonhos, sem planos, sem coração, até perecer rodeada por garrafas vazias. E olhou cega de sentimento, olha e não sente. Não sente, não vê, enquanto a solidão arrumava as malas e saía em busca de outra moradia concreta.

1 Comment

  1. no banho on 4 de julho de 2009 às 11:39

    em primeira mão \o eu estava com saudade disso aqui,sua pirua *--*

    Seus fones de ouvido transformavam em som as cores da cidade, e as mãos nos bolsos vazios para fazerem, então, par com a cavidade toráxica.

     


Postar um comentário

Obrigada por comentar, :D