Ele passa, a duração é pouca e a transgressão tenta e seduz com sua voz rouca. Aos trancos ele repudia o profano, apressado põe-se em prece. "Mas livrai-nos do mal, amém", sussura repetido. Segue as vias disponíveis para atingir seu objetivo. Em contrapartida, imprudência. Euforia etílica, dependência química. Psicosomático vício insano. A saudade é privilégio de quem já provou do melhor e quer mais. Querer sempre mais, demais faz mal. Litigioso amigo das demandas. O lobisomem vaga faminto por ambientes ermos, assim como o sóbrio transiante vítima da abstinência. Procura e amaldiçoa a desgraça insônia. Limpa e executa o plano, Deus lhe abençôe. Expectora o vírus, expele expedito. "Joguem-no aos leões", e lá soberano reinou Daniel magnífico. Não deixais solto o enfermo, mantenhas a doença em quarentena. Não é nada convencional nem agradável, são apenas as normas da casa. "Silêncio!", grita a enfermeira pregada na parede do consultório onde o show vai começar.

1 Comment

  1. Anônimo on 8 de maio de 2009 às 20:33

    A saudade é privilégio de quem já provou do melhor e quer mais. Querer sempre mais, demais faz mal.

    k3

    sempre escrevendo bem.

     


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