Diz-se das doenças que têm longa duração, narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos. Ana eterna, anacrônica. Coitada, está fora do tempo, da moda, do uso. Falta de alinhamento ou de alinho, desalinho. Desajuste, desaguar, desajustada social, inadequada. O corpo fora do homem apodrece, perece efêmero. Cala-se então a voz inerte e inicia-se a ação. Preparar, apontar, fogo! Foi dada a largada, os lobos azuis do subconsciente atropelam a displicência alheia e dela fazem piada. Calada da noite, irreverente, irreversível. Verbete número 15 da página 344, tudo o que não é reversível. Que tem dois lados utilizáveis, faca de dois gumes. A agulha da bússola quebrada só aponta para o sul, retrocedente, oposto ao progresso. Anacrônica retirante do norte, traz consigo o poder retroativo. "Ordem no tribunal", ela diz. Apresenta-lhes o réu. Reumático, que pena, sofre de dor eterna. Maníaco automático. E para modificar o que foi feito, valendo-se de seu poder, Ana anuncia a sentença. Encêntrico manicômio policromático, de onde o cego perguntava por que tantas cores, se pra ele tudo era preto. Os móveis coloniais trocados por aço inox agora são sinônimo de modernidade. Os óculos velhos da sua avó para você funcionam como novos. Sua juventude te envelhece ?

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