Talvez, de todos os anteriores, esse seja o devaneio mais sincero sobre nós dois. E hoje eu uso de analogia explícita ao tentar expressar o que pra mim é inexpressável com tantos quilômetros nos separando. Há tempos eu tentava fazer desse solo um solo fértil, capaz de sustentar a maior e mais alta das árvores. Adubei, cuidei, nivelei a acidez. Como a criança que eu talvez não queira mais ser, fantasiei que ali pudesse crescer, um dia, uma floresta. Uma grande e verde floresta, fresca e viva. Quando julguei estar finalmente pronta, plantei no cantinho do jardim uma semente. Junto de você, a reguei, e enfim ela brotou. Cresceu um pouco sem eu saber bem o que era, se fosse erva daninha, ou o mais bonito dos lírios. Erva daninha não poderia ser, não. Não nasceu a esmo, foi planejada, foi querida. Mas as horas passaram, e trasformaram-se em dias, poucos dias. O tempo imprevisível trouxe a tempestade, e coitada da minha plantinha ! Ela ficou lá, sozinha, sentindo-se rejeitada, porque voce foi embora e eu me proibi de cuidar dela. Hoje eu fui olhá-la, e senti pesar, achei que não tivesse vingado em um solo que não era fértil de forma alguma. E no lugar do lírio, tão esperado, havia um lindo e vistoso girassol, que acompanhava, como eu, o sol. Eu renasci em solo ácido, me tornei grande, e deixei de ser criança quando vi que monstros não moram debaixo da minha cama, ou dentro do meu armário. Eu tenho o mundo em minhas mãos pequenas, e no meu solo agora fértil, que eu chamo de coração, nasceu um lindo girassol amarelo, que atende por amizade.
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So he said, 'Would it be all right if we just sat and talked for a little while. If in exchange for your time I give you this smile?'. So she said, 'That's okay, as long as you can make a promise not to break my little heart or leave me all alone in the summer'."
a amizade foi a maior e mais bela das flores que recentemente nasceram em meu jardim. -s
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acho que nós passamos pelas mesmas coisas nas mesmas épocas.