Eu fiquei doente. Doença da alma, depois doença física. É o que acontece com as pessoas, por isso, cabe a elas serem fortes o bastante. Eu não sou. Não encare isso como uma carta suicida, de despedida, eu não iria tão longe. Apesar de gostar muito de vampiros, ver meu próprio sangue saindo de mim me desespera. Não tenho uma arma ou cordas. E outra, não seria capaz. Mas o desejo existe, e serve para, pelo menos, matar minha alma, que hoje acordou branca. Não usou protetor solar, escureceu e está sofrendo de câncer. Dormir não é bom, a não ser que seja instantâneo. Priva de mim meus próprios pensamentos, coisas que foram enterradas na minha cabeça pela mesma pá que cavou um buraco fundo no meu peito e levou embora o que tinha de precioso. Agora não importa, nada mais importa. Eu vivo fisicamente, talvez isso conforte alheios. Morri espiritualmente, mas ninguém precisa saber.

2 infortúnios

  1. A. Serafim. on 13 de abril de 2009 às 16:54

    nao fica assim nao. eu to aqui,sis ! (l'

     
  2. Anônimo on 17 de abril de 2009 às 21:10

    acho que estamos passando por coisas semelhantes.

    seus textos falam por mim *--*

     


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