O desejo da carne, o pecado sufocante. Sua música emitia a luz vermelha, e provocava um arrepio semelhante ao da ojeriza. A vontade comprimida se transformava em sede. E esse medo foi o que me deu asas, para que eu voasse por um caminho em direção ao nada. Paredes limpas e brancas, flores amarelas no jardim. O outono passava ligeiro e deixava um rastro de folhas vermelhas no chão. A cor me trazia a sensação de nostalgia, eu ouvi a música, e a inquietação dos meus pés que insistiam em se mover atraíram a loucura. A linha tênue entre o aceitável e o desespero se rompeu. O pecado reinou. A música atingiu sua maior intensidade. Paredes rabiscadas, a contabilidade dos dias em cativeiro. Quem quer flores quando já se está morto?
Amanda Terra, 28 de novembro de 2008, 16:07h.
quem quer flores quando se está morto?
amei <3
tive um "deja vu" quando li
Ultimamente ando também fazendo a contabilidade desses dias em cativeiro.
;*